domingo, 17 de abril de 2011

Cada


Em cada cor há um texto para pintar
em cada gesto uma melodia para dançar
um padrão que se repete
um sol que não se põe
um horizonte que se estende
para além do infinito.

Em cada segundo que não pára
há um poema que não lemos
um filme que não vemos
um chá que arrefece.

A cada som, a cada choro
a cada brilho escuro em nós e por nós criado
há uma guerra de um silêncio que nunca sabemos
como terminar.
E cada corpo, cada passo por dar
ao ritmo e forma do compasso
faz da vida a escolha mais profunda
- morrer vivendo
ou viver a morrer.




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