domingo, 17 de abril de 2011

O sabor da escrita.


Não é a prática, por si só, que matura a escrita e lhe dá aquele sabor único a vida e a mar. A sal, a pimenta, a caril e a alecrim. A álcool. A água. Não é a insistência ou a persistência por si só que dá o sabor à escrita. Talvez lhe dê um certo perfume que atrai - e por um instante domina - mas não é isso, nunca é isso que salga a escrita.

O que verdadeiramente matura a escrita é a vida. Cada lágrima. Cada sorriso. Cada sonho. Cada desilusão. O mundo inteiro. Mil viagens. Lixo. limpeza.


O que matura a escrita é sentir o mundo. Ontem agora, amanhã. Desta, daquela, de todas as maneiras. Sem filtros, com filtros, com óculos, sem telecópios, aqui e além.


Sem comentários: