domingo, 22 de abril de 2012

Quase: a negação do presente em nome do futuro que nunca virá

Há um quase que quase chega. uma brisa que quase sopra. Há um céu azul que se azula ao longe.

Há sonhos - tantos sonhos - por sonhar. Flores por cheirar. Textos e aromas por pontuar.

E ha gestos que ficam sempre por dar. palavras por dizer. acentos por escrever. rimas sem sentido. vidas sem rumo. estradas sem ninguém. ao longe. aqui.

No mundo ha sempre um quase que se chega já ali e já só falta mais isto. Um só mais um pouco e depois aquilo para só restar um pouco mais e encontrar. Um quase que é quase para estamos quase quase a chegar.

Ha um quase que quase chega. E há um mundo inteiro esperando. Que do nevoeiro que escolhemos nasçam os sonhos que partiram no dia em que morremos.