Na palavra escrita há gotas de um algo
que nunca fomos.
De futuro e passado,
inexistência perpétua e existente.
Há nas palavras
gritos
que não se ouvem,
melodias sem fim
que vibram
na ponta dos dedos de alguém
que um dia fomos nós.
Quando a tinta
pinta e percorre,
tinge,
de que cor somos nós
se não a da busca por algo mais
para além do aroma
a amarelo do papel?
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