O nosso Universo é pequeno demais e a velocidade da luz não chega. Aqui, o céu não é o limite, mas sim o ponto de partida para um (multi-)Universo que se quer sem preconceitos, leis chatas ou um destino do qual não se pode fugir.
quarta-feira, 18 de julho de 2012
Guinsberg: Crónicas dos Gravitões Rebeldes. O livro que dá parte do nome ao blog já está na amazon para kindle
Um jovem hacker português, uma sociedade futurística prestes a criar uma mente global e a abdicar da individualidade, um grupo de rebeldes, e alguém chamado Qu-4567-Al (ou Natasha, para os amigos) que, ao tentar eliminar os rebeldes, se vê transportada para Lisboa, no início do século XXI. Com uma pitada de viagens no tempo e inter-universos. A culpa é toda dos gravitões.Para Kindle e todas as outras plataformas e dispositivos. Nas várias lojas da amazon
Afonso, um jovem hacker português, nunca pensou que a sua incursão pelos computadores da NASA conseguisse ter sucesso… Mas ao fazer o download de um diário, escrito por uma habitante da cidade de Guinsberg (Natasha), Afonso toma contacto com uma civilização verdadeiramente avançada. Uma sociedade que está prestes a dar um importante salto evolutivo: a criação de uma mente global, que implicará o fim da individualidade em prol do bem comum. Uma sociedade futurista e utópica, onde a nanotecnologia, as redes informáticas e os sistemas bioinformáticos levaram os habitantes a um grau de progresso inimaginável. Neste cenário, o passo seguinte, pelo qual a maioria dos cidadãos anseia, depende apenas da derrota de um grupo de rebeldes que se bate pelo individualismo. Todavia, quando o grupo de cidadãos apontados pelo computador central para derrotar os rebeldes – liderado por Natasha – está prestes a vencê-los, algo de inesperado sucede, e a autora do diário é transportada para junto de Afonso, de uma forma que o deixa à beira da loucura.Natasha, a habitante de Guinsberg, habituada a um controlo total por parte de milhares de nanorobôs, e a uma ordem perfeita no que a rodeia, ver-se-á forçada a lidar com uma sociedade em que os estímulos e os impulsos incontroláveis abundam – num mundo caótico, onde há fome, pobreza e ódio – sem no entanto desistir do seu grande objectivo: procurar uma forma de regressar a Guinsberg e integrar a mente global, que ela espera ser já uma realidade, com a derrota dos rebeldes. Mas será também no seio deste mundo ocidental do início do século XXI que ela descobrirá tudo aquilo que a sua sociedade nunca lhe permitiu ver ou sentir, e que reflectirá profundamente sobre tudo aquilo em que sempre acreditou. A vida de Afonso nunca mais será a mesma, sobretudo porque a detecção dos seus actos, por parte dos sistemas de segurança da NASA, e a necessidade de proteger Natasha, fará com que se veja obrigado a revelar um enorme segredo que ele esconde do mundo, desde sempre…
Guinsberg (Crónicas dos Gravitões Rebeldes - PT Version) (Portuguese Edition) David Sobral
http://www.amazon.co.uk/gp/product/B008M584IUhttp://amzn.com/B008M584IU
Portuguese Kindle Books - Livros Kindle em Português
O Outro Mundo - Contos (PT Version) (Portuguese Edition) Antologia de contos premiados para amantes de ficção e ficção científica/fantástica, sobre o nosso e muitos outros mundos.Inclui: O Homem que decidiu ser Deus, A mulher que não corria riscos, O sabor amargo das vitórias, O Diário de VX-4010-dh (I), Rumo a SD-GS2056: a Era dos Descobrimentos Espaciais e GR - Gerador de Realidades, entre muitos outros.
Visões de um Outro Mundo (Visions of a Parallel World - PT Version) (Portuguese Edition)
Há um Universo paralelo mesmo aqui ao lado, e está prestes a colidir com o nosso... quanto tempo falta para um novo Big Bang?

Guinsberg (Crónicas dos Gravitões Rebeldes - PT Version) (Portuguese Edition) David Sobral

Afonso, um jovem hacker português, nunca pensou que a sua incursão pelos computadores da NASA conseguisse ter sucesso… Mas ao fazer o download de um diário, escrito por uma habitante da cidade de Guinsberg (Natasha), Afonso toma contacto com uma civilização verdadeiramente avançada. Uma sociedade que está prestes a dar um importante salto evolutivo: a criação de uma mente global, que implicará o fim da individualidade em prol do bem comum. Uma sociedade futurista e utópica, onde a nanotecnologia, as redes informáticas e os sistemas bioinformáticos levaram os habitantes a um grau de progresso inimaginável. Neste cenário, o passo seguinte, pelo qual a maioria dos cidadãos anseia, depende apenas da derrota de um grupo de rebeldes que se bate pelo individualismo. Todavia, quando o grupo de cidadãos apontados pelo computador central para derrotar os rebeldes – liderado por Natasha – está prestes a vencê-los, algo de inesperado sucede, e a autora do diário é transportada para junto de Afonso, de uma forma que o deixa à beira da loucura.Natasha, a habitante de Guinsberg, habituada a um controlo total por parte de milhares de nanorobôs, e a uma ordem perfeita no que a rodeia, ver-se-á forçada a lidar com uma sociedade em que os estímulos e os impulsos incontroláveis abundam – num mundo caótico, onde há fome, pobreza e ódio – sem no entanto desistir do seu grande objectivo: procurar uma forma de regressar a Guinsberg e integrar a mente global, que ela espera ser já uma realidade, com a derrota dos rebeldes. Mas será também no seio deste mundo ocidental do início do século XXI que ela descobrirá tudo aquilo que a sua sociedade nunca lhe permitiu ver ou sentir, e que reflectirá profundamente sobre tudo aquilo em que sempre acreditou.A vida de Afonso nunca mais será a mesma, sobretudo porque a detecção dos seus actos, por parte dos sistemas de segurança da NASA, e a necessidade de proteger Natasha, fará com que se veja obrigado a revelar um enorme segredo que ele esconde do mundo, desde sempre…

Whispers of a Lost Dream (Pedaços de coisa nenhuma - PT Version) (Portuguese Edition) David Sobral
Whispers of a Lost Dream é a história de um conjunto de personagens que contam na primeira pessoa o mundo angustiante e intolerável em que estão mergulhados, e que vão revelando, palavra após palavra, os sonhos que perderam pelo caminho, e os laços que porventura os uniram no passado. Haverá esperança, mesmo quando nada faz sentido?"A vida é feita de pedaços – de inúmeros pedaços de coisa nenhuma. Pedaços vazios que nos rodeiam e nos prendem, pedaços de nada que nos sufocam no vazio de viver.Só na memória há um pouco de luz, um pouco de ar puro, uma esperança que resiste, ano após ano, década após década, como se no mundo existisse a palavra que só poetas e escritores sabem pronunciar correctamente: a eternidade. Sim, parece que em mim existe algo de eterno, como se um pequeno ponto de luz possuísse uma força inimaginável, capaz de resistir às incontáveis investidas cruéis da parte do mundo, e como se esse pedacinho de mim fosse realmente imortal.O mundo torna-se difícil, mais e mais árduo, a cada segundo, a cada minuto, hora, dia (porque na realidade o tempo é agora apenas uma confusão inultrapassável). É impossível viver. E só de o pensar, só de reflectir na palavra que há tanto deixou de fazer sentido para mim – viver –, sinto de novo as paredes do quarto a descerem sobre a minha mente em fúria. E eu sou as paredes, incertas e brancas. Sou o quarto sem rumo, a casa, a noite. Mas não sou eu, não sou a minha mente pensamento ideias, não sou nada, não sou ninguém não sou não sou não sou!..."
http://www.amazon.co.uk/s/ref=ntt_athr_dp_sr_1?_encoding=UTF8&field-author=David%20Sobral&search-alias=digital-text
domingo, 24 de junho de 2012
Deuses, Anjos, Padres e um Mundo de Ricos e Escravos
Nunca na história do planeta existiram tantos como nós. Nunca vivemos - em média - tantos anos (embora talvez já tenhamos vivido melhor, pá!). E nunca tivemos acesso a tanto conhecimento como hoje. O nosso potencial físico, tecnológico, biológico e mental atinge hoje níveis absolutamente inimagináveis. E, no entanto, estamos de tal forma preocupados com o que os deuses pensam, e viciados nas "oferendas" trazidas pelos anjos, que, ainda que estejamos a viver no que potencialmente deveria ser a verdadeira idade do ouro da humanidade, comportamo-nos como autenticos totós. Já nem à Lua chegamos pá! Já nem podemos sonhar! E, com isso, condenamos a esmagadora maioria da população a vidas que, ainda que possam ser mais longas, são cada vez mais infelizes e deprimentes. E porquê? Qual a razão?
E=R^D (Escravos = Ricos ^ [Expoente da Desigualdade] )
Que são soluções (entre outras) da equação económica. D é o expoente Desigualdade - quanto maior tiver que ser D, maior é a desigualdade necessária entre número de Ricos e Escravos para satisfazer a "economia".
Esta é a única maneira de garantir que uma economia Mundial feita de pessoas que querem simultaneamente comprar a preços ridiculamente baixos e vender aos mais altos preços funciona. Como é óbvio, em geral, e de forma simples, só os Ricos podem vender coisas a preços altíssimos e comprar as coisas aos mais baixos precos, enquanto os Escravos só podem vender coisas a preços baixíssimos e comprar coisas a preços altíssimos. Viva a igualdade e os direitos humanos! Todos nascemos iguais pá!... Viva o progresso e a igualdade!
sexta-feira, 22 de junho de 2012
Nao fomos feitos para vivermos em grandes cidades, fechados em cubiculos que decoramos com premios comprados por uma coisa a que chamamos dinheiro e que - imagine-se, nao fomos feitos para usar. Nao fomos feitos para viver vidas inteiras sem termos que colher, produzir ou apanhar os nossos proprios alimentos. Nao fomos feitos para nao termos filhos e para vivermos para nos. nos. nos.
Nao fomos feitos para mandar no mundo. Para acharmos que mandamos nele. Muito menos fomos feitos para negarmos o nosso corpo. Nao fomos feitos para vivermos num mundo virtual, numa de muitas realidades inventadas. E, no entanto, fazemo-lo. Cada vez mais. Bilioes e bilioes de pessoas.
E somos bilioes e bilioes de pessoas. Quase todos nos a fazermos mesmo muito de tudo aquilo para o qual nao fomos feitos. A fazer repetidamente todo um conjunto de coisas para as quais nao fomos feitos.
E fazemo-lo com tal empenho, e com tal cegueira, que nem nos apercebemos da enormidade de coisas que fazemos e para as quais nao fomos feitos. Se na rua vissemos uma maquina de cafe a tentar servir de autocarro, ou uma escova de dentes a tentar alcatroar uma estrada, nao hesitaríamos em ver o que estava ali mal. Ficariamos chocadissimos.
E, no entanto, quando olhamos uns para os outros, dias apos dia, achamos natural. Naturalissimo.
domingo, 22 de abril de 2012
Quase: a negação do presente em nome do futuro que nunca virá
Há sonhos - tantos sonhos - por sonhar. Flores por cheirar. Textos e aromas por pontuar.
E ha gestos que ficam sempre por dar. palavras por dizer. acentos por escrever. rimas sem sentido. vidas sem rumo. estradas sem ninguém. ao longe. aqui.
No mundo ha sempre um quase que se chega já ali e já só falta mais isto. Um só mais um pouco e depois aquilo para só restar um pouco mais e encontrar. Um quase que é quase para estamos quase quase a chegar.
Ha um quase que quase chega. E há um mundo inteiro esperando. Que do nevoeiro que escolhemos nasçam os sonhos que partiram no dia em que morremos.
quarta-feira, 28 de março de 2012
Estrelas em tons de medo
e hoje reinam eles, fazendo da magia e dos sonhos de ontem o medo de hoje e a incerteza do amanhã. hoje chora-se baixinho, para não se ser ouvido. hoje tem-se medo de sonhar. hoje, sem o calor da cor no horizonte, e sem o cantar da mão do futuro, e sobretudo com a voz electrónica e infinitamente distante de ecrãs hipnóticos sem alma, estamos cada vez mais longe de podermos ser nós.
mas por mais que tentem esconder as estrelas por detrás de cenários falsos; por mais que queiram silenciar a música que se tocava aqui e em todo o lado; por mais que nos tenham levado a esperança, e por mais que nos encham o olhar de medos sem fim, há sempre algo que lhes escapa por entre os dedos, há sempre um zumbido distante que os incomoda, um ponto de luz distante que não os deixa dormir. o tempo. o tempo. o tempo. segundo a segundo, volta a volta, noite a dia.
terça-feira, 8 de novembro de 2011
Confessions of a Dark Energyholic, Old Universe: Ours
Almost all of us eventually followed. Some were more enthusiastic than others, of course. Some wanted to be different, to be special. Others were competitive. And I, well, I was the kind-of-average thing that led to you being able to hear or read or see or feel this text. Yes, I confess, I am your Universe. I am everything that you are made of. Everything you’ll ever see. Everything you’ll ever think. I am your source, your present, your destiny.
I can still see it, you know. The moment after we decided to take that funny substance. That drug. That thing. When we expanded and became more than ourselves. Our bodies grew, and cooled. It was weird. It tinkled. It felt funny. Everything started to change. Individuality arose within ourselves in such a completely unexpected way.
We believed there would be no limits. No boundaries.
“Just a little bit of this dark energy stuff my friend, and you’ll feel a trill like you’ve never felt before” - we were told.
“Why not?”, we thought.
“What’s the worse thing that can happen?”
And so we took it. Just a little bit, we were advised. But we went for a little bit more than a little bit. A full chunk of that expensive, mysterious thing. We swallowed it entirely. All in. And waited. Did we? We couldn’t tell. As the drug went through us it completely altered our perception of time and space. It was such an expansion of consciousness. Like we were ten, hundred, thousand, a million times wiser and smarter.
It was such a thrill, but scary as hell. It felt like each and every single bit of me was expanding and expanding. Constantly changing. Creating new structure, revealing new structure. Allowing for things which weren’t there before. And then, in a moment of ecstasy, it was like we were free and our bodies weren’t plasma anymore. We were free, and we danced and sang and screamed. Like there was no tomorrow. As if it could last forever.
Until it faded away. Such a huge hangover! It was dark. And we didn’t stop growing, expanding. It was dark. We were cold, and we kept getting colder. And colder. We were - above all - scared to death. At that time, every single Universe was on it. Doing it. Drinking it. Smoking it.
“Dark Energy gives you wings”, they would say, but now I think that it just made us dark, and cold, and huge. It never actually took away the sense of loneliness that was inside us to begin with. And there was something else as well. When we took dark energy. There was this other thing growing inside our bodies. Struggling to dominate it. Specializing, structuring. As if millions of invisible spiders were building an intricately complex network of webs. Some called it cancer. Some said it was a blessing. Others simply didn’t care. But we were worried. We thought dark energy was to blame - but those that sold it managed to calm us down.
“We have the solution. The cure! This amazing new product will solve it all. Guaranteed.”
I remember when the new product came to the multiverse market. It wasn’t dark energy, and - we were told - it would have no negative side effects. “This will make you glow and defeat darkness”. The new product would make us shine. From the inside. It was meant to attack the web of cancer that at that time had already spread throughout our bodies.
“Let there be light” was the name of the thing - but it ended up being known as “the gas”.
So we took “the gas”. In insane amounts. Literally: insane amounts. It was so cheap. So abundant. So we bought it and we took it in. More and more. And it was absolutely amazing. The gas would follow the dark web and would fill every single core of it, collapse in them, cool down and then, something even more remarkable: light. Stars!
It worked! The most intense sources of light forming within the highest densities of darkness. And it was so amazing that we would do it all the time, everyday. Taking more and more gas and forming more and more gigantic, luminous stars.
“The perfect drug! Why shouldn’t you do it?”
“Light yourself up without side effects!”
“Let there be light and defeat all the darkness within you!”
The advertising was diverse. Aggressive. Impossible not to believe in. No Universe could live without it.
We were warm, glowing. We felt happy. We were happy. Alive!
But even then, the effects of the dark energy giving us wings were still there. We were still expanding in between the webs. Stars did not lighten up such regions. They couldn’t. They were designed to target the physical form of the cancer, not the voids. So we kept getting bigger. Unsustainably bigger.
Besides, the cancer was still growing. Developing. Becoming intrinsically more complex. Connecting webs were getting denser. Really, really dense. The gas would be conducted there at insanely high rates. More and more. Stars would form. But not just one or two. There would be hundreds. Thousands. Millions, forming and shining at the same time. There would be cities of stars, and cities of cities of stars. And cities of cities of cities of stars. Giant structures. Rising. Like giants. Like nothing we had ever seen before. And they would collide, interact, and become even more luminous.
The thrill was such that we stopped thinking about the future. About the possible consequences. Of what was to come. We just felt it. Running through our veins, our skeleton. We were alive. We were alive. Alive! Full of live. Of light, of stars. We were fighting the cancer. We were using the cancer to fight itself. We were winning. We would be cured.
Soon enough though, some of us started to get out of this amazing high, only to realize that it couldn’t last forever. That even though the battle had been won, the war would never be ours. Because, suddenly, prices went insanely up. The gas became so expensive. And then there was no more gas. Not anywhere. Not anymore.
By indulging in such ecstatic moments of gas consumption, we doomed ourselves to extremely short lives. Although we lived like there was no tomorrow and, in doing so, we completely outran the darkness - we did it at the expense of using too much gas. And even though stars would, in some way, be able to recycle themselves, indulging in such fast production ended up not only using up the gas, but losing it into the very cores of the highest darkness densities, where it would be so hot that it wouldn’t form new stars anymore.
Out in the fields, through the filaments - that’s where the gas was able to survive longer. Where stars were formed slower, in a much more sustainable way. Sustainable stellar agriculture, we called it. So soon, the early scream of victory over the largest cancer lumps was silenced. There were no more new stars being formed. There was no more gas to feed the war against the dark web. And so darkness, which had already won in the largest voids (where no stars would form, as gas could not collapse there) would easily win in the cores of the densest clumps. And then in smaller clumps. And smaller still.
Soon, there was no hope left. No gas left. We were alive, yes; we had light, but we knew it was only a matter of time. So we got desperate. Depressed. We needed something. Urgently. We needed to feel! We wanted a future! A different future! We demanded it! We needed a drug. We wanted to live!
So we went back to what we knew. To the very beginning. It was the only option. At least it felt like the only option. The obvious option. It was what we needed. What we wanted! Because we dreamed about the high. That initial high. We were getting dark, and desperate. So we looked for it. Dark energy. Wasn’t that the cause? We couldn’t tell, or we simply didn’t care, because we couldn’t think anymore. We were desperate. Aging, getting dark. And what else was there for us to lose anyway? And so we went for it. We took it all in. And it was great. Awesome. Miraculous. The amazing expansion of consciousness. Expanding, expanding, expanding - here we go again, to infinity and beyond. Nothing can stop us! Not now. Not ever.
We were wrong, of course.
Now we’ve even ran out of dark energy and, of course, there’s no more gas to take in and feed the production of a significant new population of stars. We are alone. We can’t fix ourselves. We are getting darker. Full of voids. And voids are growing. Not just constantly, but, literally, accelerating. The last dark energy that we took in was our third mistake. Maybe our final mistake. But we all took it. We couldn’t help it. It was stronger than us. And now we are doomed. Our faith is to expand, forever expand. The very little gas that’s still around will soon be spent in the last few generations of stars. It will be used. Stars will slowly fade away. We will be huge, giants. But empty and dark.
Unless you figure it out. Yes, you. Surely, we made mistakes. We wanted to live so badly that we didn’t think about the consequences. But it wasn’t all for nothing. Some Universes will disagree. But some Universes do not know you exist. Yes, you. You. I know you exist. That you are alive. That you are a Universe. That you can think. That you also make mistakes. You are capable of the most horrible, but also the most astonishing, brilliant things. You can dream, write, think, love. You have science. You have wings. You have music. You are music. You have others like you. You can work together. Together. Together, you can find a way to make light out of dreams. The future is still yours. Hope. That’s what you are. My hope. You are not a star, but you are made of something ultimately much more remarkable than light itself: life. And with your dreams, with your beauty, with your hopes, you are capable of more than just light. You are capable of everything.
sábado, 30 de julho de 2011
Hoje o dia nasceu mais tarde do que o costume
Hoje o mundo nasceu sem cedilhas ou acentos. Sem circunflexos, sem graves, sem agudos. Mas ainda ha pontos finais. Ainda há virgulas, ainda ha maiúsculas. (e, na verdade, ainda há acentos e tudo isso, so estão escondidos por enquanto).
Hoje o dia nasceu mais tarde do que o costume. Mas ninguém se importou. Ninguém deu por isso. So tu. E eu. So tu e eu porque so tu e eu vivemos num mundo que e' so nosso, num mundo em que o sol nunca se atrasa.
quinta-feira, 2 de junho de 2011
Inércia
A pausa é este sabor a chá, no meio da conversa de café. Esta brisa de mar por cima de carros que circulam e circulam, e circulam. E circulam sem parar, como se não tivessem nem fim nem origem - como se os seus destinos fossem tão simples como não terem qualquer destino.
Há coisas que parecem não mudar nunca, mesmo quando paramos. Mas mudam. E por isso a verdade é que há coisas que mudam pouco, mas que cheiram de forma igual e nos evocam as mesmas memórias. E fazem-no de forma tão intensa, que pensamos que não mudaram nada, nunca, e nunca o farão.
terça-feira, 31 de maio de 2011
Ao luar
domingo, 29 de maio de 2011
Futuro, pensar, viver
O futuro está nas mãos de quem não o quer agarrar. O futuro é de quem não o persegue, e por isso o consegue olhar com o fascínio com que se olha um nascer-do-sol, ou um barco que surge no horizonte.
O Mundo é apenas redondo para quem o faz girar, para quem o consegue moldar - mesmo sem querer -, para quem o quer pensar. E o problema, claro, é que pensar incomoda muito mais do que andar à chuva. Porque ao menos quando se anda à chuva sabemos que estamos vivos. E para pensar não é preciso estar-se vivo - é apenas necessário existir-se. E por isso, até as pedras podem pensar. Ou o mar. Um átomo. Até tu pensas. Talvez até eu! E estas palavras. Só que viver neste mundo redondo e conseguir escrever o futuro é algo muito para além da simplicidade do pensamento.
Viver é aprender a parar de pensar nos momentos certos, e acreditar no impossível - nem que seja por um único instante.
terça-feira, 24 de maio de 2011
2011
domingo, 22 de maio de 2011
Mar
No mar há mais abraços do que em terra, mais frescura do que no ar. Mais magia do que na própria magia.
sexta-feira, 20 de maio de 2011
Paz

A paz corre aqui.
No piano do rio que caminha sempre.
Na melodia das ondas do mar
que o esperam
e nas milhares de milhões de estrelas
que a tudo assistem sem sequer respirar.
Todas as noites
no mesmo lugar
a magia acontece
e fá-las delirar.
É o mundo que existe, assim,
sem ter que brilhar
e queimar
que inspira o Universo inteiro
a sonhar.
A paz. A terra é paz.
quarta-feira, 18 de maio de 2011
Dias
Há dias em que faz tanto calor. Mesmo quando está tanto frio. Há dias em qe não conseguimos ser nós. Dias em que somos uma outra pessoa. Dias em que o mundo gira. Frenético. Dias que são 1 minuto, 1 segundo, e que nem um instante são. Há dias, e dias. E o amanhã, como será?
sexta-feira, 13 de maio de 2011
A Terra roda ao contrário
Hoje o tempo nasceu a andar para trás. Hoje o dia morreu no nascer no sol. Hoje o sol nasceu no mar. Por detrás do mar. Ou pôs-se e o tempo andou para trás. Ou o tempo passou mesmo, definitivamente, a andar para trás.
Hoje acordámos com o brilho do sol a elevar-se, a separar-se do mar, e foi como se estivessemos a sonhar. Num daqueles sonhos estranhos que nunca conseguimos compreender.
Hoje, o sol nasceu no mar, e foi como se a Terra tivesse começado a rodar ao contrário.
domingo, 8 de maio de 2011
A vontade de abraçar o mundo e de o criar
O sol e o vento
e um horizonte
que abraça o momento
que é montanha, monte,
mar, céu, vida.
A luz e o ar
e o vermos mais longe
esta vontade de abraçar
de sentir, de tocar, de sonhar
de ser o mundo
e de o poder criar.
Fotão e azoto
num verso que não pára
que não pode
que não quer acabar
ordenando o poeta
canhoto
que há sempre mais
há sempre mais
para navegar.
quarta-feira, 27 de abril de 2011
O que realmente faz falta!
terça-feira, 26 de abril de 2011
Linhas que dividem para Unir
segunda-feira, 25 de abril de 2011
Mundo-Mundos

O Mundo é uma bola. É plano. É finito. Nunca acaba. No fim do mundo cai-se num abismo sem fim. O fim do mundo não existe. O nosso Mundo roda sempre sem parar, frenético. É estático. Constantemente em mudança. Nunca muda. É imperfeito. Fantástico. Corrupto. Vivo. O Mundo é um Universo. O Mundo é uma formiga. É mais pequeno do que uma formiga. O Mundo nem se vê. O Mundo somos nós. O Mundo é infinito. É tão maior que nós que nem nos vê. O Mundo. O Mundo. O Mundo. Esquerda. Direita. Para a frente e para trás na 5ª dimensão. Dividido e Paradoxal, o mundo é mais unido. O Mundo é o mundo.
domingo, 24 de abril de 2011
Página Em Branco
sexta-feira, 22 de abril de 2011
Álvaro e os Campos

domingo, 17 de abril de 2011
Cada

O sabor da escrita.

sábado, 16 de abril de 2011
Livros: uma espécie em vias de extinção

Será que ainda se escrevem livros a sério? Daqueles em que as palavras se criam numa dança de papel e tinta? Daqueles escritos ao luar, num beijo ao estalar da lareira, ou ao som do bater das ondas na areia?
Pensamentos à beira de todo o lado
sexta-feira, 15 de abril de 2011
Antigamente

segunda-feira, 11 de abril de 2011
Palavras
segunda-feira, 28 de março de 2011
O Regresso a Guinsberg
Lisboa, 40500 a.D.
sábado, 26 de março de 2011
Não é o Mundo que Precisa de Mudança - somos nós!
sábado, 12 de março de 2011
Visões de Um Outro Mundo: o início
quarta-feira, 3 de novembro de 2010
O Mundo.
sábado, 23 de outubro de 2010
Tic-tac
domingo, 10 de outubro de 2010
A Esquizofrenia que Veste Sempre Tanga: Portugal, a Telenovela da Semana
domingo, 26 de setembro de 2010
Instante .
segunda-feira, 20 de setembro de 2010
O silêncio das Palavras
terça-feira, 20 de julho de 2010
Sentido
segunda-feira, 12 de julho de 2010
O sabor amargo das vitórias
Chamo-me Luís, e sempre que chegava em primeiro ficava de rastos. Como se o mundo inteiro me tivesse passado por cima e tudo o que restasse de mim fosse uma fina tira horizontal de carne desfeita. Cada vitória era uma ferida que nunca sarava.
Na verdade, foi ainda em pequeno que aprendi o sabor amargo do sucesso. Por sorte – diziam os meus pais – parecia ter nascido para ser um vencedor. Obrigavam-me a participar em tudo o que eram provas desportivas e – segundo eles – safava-me sempre bem. Tão bem que cheguei a ter uma parede inteira cheia de medalhas minhas, pedaços de metal que os meus pais mostravam com orgulho a todos os vizinhos que nos visitavam. Por outro lado, na escola as coisas corriam igualmente bem, ou até melhor, e choviam bolsas de estudo e prémios de quase todos os cantos.
Contudo, por cada medalha que me colocavam ao pescoço e por cada prémio que vencia, havia um sabor amargo que se tornava cada vez mais difícil de ignorar. Como se cada gota de suor que me corria pelo corpo me esfaqueasse numa violência cada vez mais intensa e essa dor crescesse continuamente em mim. E essa tortura, descobri então, provinha das faces de desilusão dos meus colegas, das suas expressões de ódio para comigo e dos olhares baixos e vencidos que tinham por causa os meus triunfos.
Desta forma, o tempo era para mim o pior inimigo. Porque trazia sempre mais olhares que desesperavam por não terem conseguido o lugar que me fora atribuído, ou a medalha que eu vencera. Por isso, um dia tomei uma decisão. Ergui-me pela manhã e decidi que havia de abandonar tudo. De que me servia o sucesso se não conseguia viver com as desilusões que a minha existência causava? De que serviam as vitórias, se a felicidade que me davam era feita de lágrimas e sofrimento?
Na noite do dia em que decidi mudar a minha vida, disse aos meus pais que nunca mais queria competir com ninguém. Disse-lhes que as vitórias me custavam demasiado e que preferia ser um perdedor para toda a vida. Nessa noite que nunca esquecerei, o meu pai, frustrado com os assuntos do trabalho, chamou-me de vergonha da família e disse-me que se fizesse isso deixaria de ser seu filho, porque estaria a desprezar tudo aquilo que conseguira com a sua ajuda. Eu olhei-o e disse-lhe que a vida se faz numa escolha e que essa é de cada um de nós e saí, sem que o deixasse ver que na minha face se esboçavam pequenas lágrimas de incerteza que só o tempo poderia secar.
Hoje, ainda que muita água tenha corrido pelo rio do tempo, sei que os meus pais continuam a não perceber por que razão me vi forçado a desistir de um caminho tão seguro. Porque eles, como quase toda a gente no mundo, esquecem-se que por cada vencedor há um derrotado, e que sempre que alguém chega mais alto, há um outro que fica pelo caminho. Por isso me custava tanto cortar a meta em primeiro, e por isso o aroma amargo que cada vitória me deixava na consciência. Porque sabia que atrás de mim ficava alguém cheio de sonhos que por minha causa se haviam desfeito na espuma da desilusão.
Agora, ao sabor do sol desta tarde de Verão, sei que finalmente ocupo o meu lugar no cosmos, porque não sou absolutamente ninguém para todas as pessoas que por mim passam. Talvez me chamem vagabundo. Talvez até me desprezem. Mas a verdade é que não há melhor situação do que a de um sem-abrigo para poder devolver a tantas pessoas os sonhos que um dia se perderam delas, ainda que tal tarefa se apresente muitas vezes como algo extraordinariamente difícil.
Agora, tantos anos depois, a vida começa finalmente a fazer sentido. E, pela primeira vez desde há muito, sinto-me verdadeiramente parte deste mundo imperfeito e sou feliz, porque vivo para a vitória de todos aqueles que sonham verdadeiramente com ela e sei que não estou só.
Doce é a medalha a que se renuncia por livre vontade.