quinta-feira, 17 de agosto de 2006

Alfonso Herrero

O mundo do infinito prolonga-se até aos sonhos
Onde mergulha na imensidão dos pensamentos das estrelas
E onde respira a matéria de que tudo é feito.
Fogo corrompido pelos anos sem fim
Que passam como infernos que o consumem
Deixando na pele que antes era macia e pura
Cicatrizes de tremer e chorar.

Pensamentos perdidos na mente da humanidade
Que voam pelo tempo e pelo espaço
Aspirando por um só gesto de ternura
Por uma só carícia, uma só mão para agarrar.

Um só Mundo, um só pensamento, um só poeta.

Um só desejo, um só coração, uma só vida.

domingo, 13 de agosto de 2006

Ocidente

nas mãos rosas que ficaram por entregar
e um qualquer bilhete que nunca chegou a ser.
entre os dedos um fogo que crepita sem calor
como um suspiro que nunca teve lugar
ou um mundo inteiro que não sabe o que é florir.
na palma das mãos sonhos que ficaram por contar
momentos que nunca chegaram a haver
numa hora que não vem porque não há.

num só gesto tantas vidas por viver
oscilando violentamente
num tempo sem tempo de ter tempo
esperando pela palavra fim
para (enfim) talvez renascer.

o mundo é um infinitesimal infinito