terça-feira, 4 de julho de 2006

Força

Era noite avançada, e chovia. Chovia como se de um dilúvio apoctalíptico se tratasse, porque as ruas eram rios e não estradas, e sobretudo porque cheirava a fúria divina. Mas de facto João não o sabia. Não fazia ideia que por detrás daqueles estrondos no céu, que muitas vezes se faziam acompanhar por violentos clarões, e na base de toda a água que corria nas ruas da cidade, estava, no fim de contas, uma única Força que havia de tratar de pôr um termo ao mundo do homem.

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