segunda-feira, 12 de julho de 2010

Whispers

Há um silêncio lá fora que grita palavras. E as palavras são fantasmas, impacientes para ocuparem um corpo que as abrace numa história. Ali fora é noite, mas bem que podia ser manhã. Afinal, qual é a diferença, senão nos números que podemos ver no relógio? Não há quase ninguém nas ruas, é o que importa, e até a brisa parece ter ido dormir. Talvez por isso, na ausência da luz e vida lá fora, a voz das palavras se ouça melhor agora. Como se estivessem a sussurrar directamente ao ouvido.

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