sexta-feira, 15 de abril de 2011

Antigamente


Antigamente, quando eramos pobres e in-evoluídos o suficiente para pisar a Lua e para sonhar com as estrelas, tinhamos - por vezes - visões aterradoras de um futuro que estava para vir. Uma Era dominada por robots e máquinas; um mundo em que a inteligência artificial tomaria conta do Mundo inteiro, transformando-o à sua imagem; cultivando apenas eficácia, produtividade, perfeição, crescimento (viva o FMI!). Sem espaço para a arte, ou a paixão. Sem espaço para um pôr-do-sol, ou uma noite quente de Verão.


E estávamos certos. Essa Era chegou, finalmente. Mas, ao mesmo tempo, errámos completamente. Não nas consequências, mas nos intervenientes. Porque neste mundo onde já não se pode nem deve sonhar; onde a produtividade e dedicação totais às actividades económicas é o que mais importa, e onde não há espaço para humanos, não existem robots de inteligência artificial avançada. Existem, isso sim, humanos de inteligência robótica. Skynet chegou, e é feita por cada um de nós que i-vive rodeado por um mundo que i-há-de i-controlar-nos a itodos.

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